segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A arte de enrolar

Há um tempo atrás eu me auto-entitulei protagonista de uma série, que se passava numa repartição pública (meu antigo emprego), cujo nome era "A ENGAVETADORA" - e se referia à personagem-título, no caso, euzis.
O fato é que eu muitas vezes dou uma enrolada. Em tudo na vida, não só no trabalho. Então o que acontecia é que eu me arrastava em várias tarefas durante o dia, e quando ia chegando o fim do expediente, eu fazia uma lista muito bonitinha de tudo que eu teria que fazer no dia seguinte (atividades prá ontem que eu não havia feito até então), organizava os documentos com clipes, por ordem de importância, de acordo com a listinha, e ENGAVETAVA. O mais bizarro disso tudo é que no dia seguinte, eu fazia tudo aquilo que eu deveria ter feito do dia anterior (e que o dia todo não bastou prá ser feito), em menos de uma hora. Ou seja, eu não enrolei ninguém, a não ser eu mesma, atrasando sem razão atividades bem tranquilas de serem feitas.
Isso me acontece muito. Eu enrolo certas coisas, e quando resolvo fazer, vejo que não era nada... e fico me perguntando por que diabos eu me boicoto desse jeito! Por quê????
A Engavetadora, posso afirmar prá mim mesma, foi uma série que terminou, e não renovaram o contrato, não entrou na grade da programação. Agora está em cartaz A Desanimada, que perdeu o tesão de fazer o que tem que ser feito, e precisa de uma nova ocupação.
Mas, como bem disse a Marisa Monte ontem "a gente tem que fazer coisas que não gosta de fazer prá poder fazer as coisas que a gente gosta". Me identifiquei.

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