quarta-feira, 21 de abril de 2010

Precisamos Falar Sobre o Kevin

Esse livro me instigou da primeira à última página. Não é uma história fácil, mas a forma como a autora conta deixa tudo muito realista e até palpável, como se fosse fácil entender como a coisa chega a um ponto crítico e a gente se pergunta o tempo todo de que forma o problema poderia ter sido resolvido.
O enredo é um mórbido clássico norte-americano: um menino mata colegas no colégio. Trata-se de ficção, mas vários massacres do mesmo estilo são citados no livro, principalmente dos meninos de Columbine.

O que pega no livro é a narrativa. A mãe do Kevin é quem conta a história através de cartas ao pai do menino. As cartas começam a ser escritas um ano após o crime, e ela vai relatando como a vida dela se transformou depois daquele dia, e ao mesmo tempo, vai lembrando de tudo que aconteceu com eles após o nascimento do menino, levando o leitor a se questionar em vários momentos "onde foi que ela errou". As minhas emoções variavam muito no decorrer da leitura, passando da impressão "ela teve uma depressão pós-parto não curada" até "o menino era o cão encarnado, não tinha jeito!". No fim do livro eu fiquei estarrecida, boquiaberta, chocada. Porque por mais triste que seja, por mais cruel ou revoltante, o livro fala sobre maternidade, sobre amor, sobre redenção, sobre perdão.

E uma frase de Erma Bombeck que abre o livro faz a gente entender melhor coisas como essa: " É justamente quando ela menos merece que mais a criança precisa do nosso amor."

3 comentários:

Lívia disse...

Fiquei instigada!

Anônimo disse...

Meio do mal não?? Fiquei é com medo.

beijosss

Luluuuu

..:: Tati ::.. disse...

Hahahaha, Luuu, só vc mesmo! A capa dá medo, deixei ele virado prá baixo, por via das dúvidas... mas a história é, por falta de uma palavra melhor, estarrecedora.
Bjuuu