quarta-feira, 11 de maio de 2011

3096 dias

Eu devorei esse livro em um fim de semana, porque é simplesmente impossível parar de ler depois que se começa! Muitos devem se lembrar na chamada no jornal, da reportagem no Fantástico, da austríaca que ficou 8 anos em um cativeiro, até que um dia, conseguiu fugir. Quem escreve o livro é a própria Natascha Kampusch, a menina sequestrada.

Ela começa o livro falando da sua vida pré-sequestro, como foi a infância, o relacionamento com os pais, o comportamento dela diante do divórcio deles, e isso explica muito a reação paciente dela diante do sequestrador, o medo, a obediência. Ela tenta, de alguma forma, encontrar respostas ou talvez justificar o fato de ter demorado 8 anos prá tomar uma atitude. Porque, lendo o livro, a gente fica com a impressão que ela teve muitas chances de fugir.

Mas no decorrer do livro dá prá entender que a maior arma do sequestrador foi o assédio psicológico sobre uma menina de 10 anos totalmente passiva. Mas com o tempo ele foi se tornando agressivo, espancando-a com regularidade e obrigando-a a fazer serviços prá ele, como manter a casa limpa, cozinhar e ajudar na reforma dos cômodos. Sempre semi nua e careca, porque ele sabia que ela teria vergonha de sair pela rua desse jeito!

Ela não relata absolutamente nada sobre contato sexual, mas eu meio que deduzi que houve, sim. Ela se defende bastante dos sentimentos dela em relação ao sequestrador, justificando sempre que ele foi o único contato humano dela em 8 anos, é de se entender que houvesse algum tipo de relacionamento ou sentimentos, por mais conturbados que fossem. Mas durante a narrativa ela vai detalhando uma pessoa totalmente fora da casinha, com uma obsessão em ter o controle sobre tudo, inclusive sobre as emoções dela. Um olhar inesperado dela poderia provocar nele uma explosão de fúria, que terminava com espancamentos e sem luz no cativeiro por um dia ou mais.

Recomendo, porque há uma curiosidade bizarra sobre o drama e a loucura do outro.

Um comentário:

Nadja Barros disse...

Oi!!!

Hoje tive a prova de que não sei ter blog mesmo! Fui fazer o bolo farofa de banana e adivinha! Não achei a receita que eu mesma postei!! Aí, quem poderia me salvar? Chapolin coloraado? nãããõ! O sisztema de busca do SEU bloguinho! viva!

O pudim abaixo já está na fila!!

bjs bjs